5 de setembro de 2013

Evangelho do dia


Evangelho (Lc 5,1-11)






— O Senhor esteja convosco.



— Ele está no meio de nós.



Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.



— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Jesus estava na margem do lago de Ge­nesaré, e a multidão apertava-se a seu redor para ouvir a palavra de Deus. 2Jesus viu duas barcas paradas na margem do lago. Os pescadores haviam desembarcado e lavavam as redes. 3Subindo numa das barcas, que era de Simão, pediu que se afastasse um pouco da margem. Depois sentou-se e, da barca, ensinava as multidões.
4Quando acabou de falar, disse a Simão: “Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca”. 5Simão respondeu: “Mestre, nós trabalhamos a noite inteira e nada pescamos. Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes”. 6Assim fizeram, e apanharam tamanha quantidade de peixes que as redes se rompiam. 7Então fizeram sinal aos companheiros da outra barca, para que viessem ajudá-los. Eles vieram, e encheram as duas barcas, a ponto de quase afundarem.
8Ao ver aquilo, Simão Pedro atirou-se aos pés de Jesus, dizendo: “Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador!” 9É que o espanto se apoderara de Simão e de todos os seus companheiros, por causa da pesca que acabavam de fazer. 10Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão, também ficaram espantados. Jesus, porém, disse a Simão: “Não tenhas medo! De hoje em diante tu serás pescador de homens”. 11Então levaram as barcas para a margem, deixaram tudo e seguiram a Jesus.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Semana do Dízimo - Igaracy PB.


"DÍZIMO: Expressão de fé em Deus e de responsabilidade com a igreja"


Semana do dízimo em Igaracy, de 01 a 08 de setembro. 


O que é dízimo?

O dízimo é uma contribuição (décima parte do salário, rendimentos) que os fiéis cristãos doam para suas igrejas. Ele é comum em várias igrejas protestantes e também nas católicas.




Missa celebrada na casa de Rita Dantas em 03/09/2013
































4 de setembro de 2013

O que é o Dízimo






          A palavra dízimo significa a décima parte. De cada 100 coisas, eu separo dez. De cada 100 sacos de feijão, ou de cada 100 cabeças de gado, ou de cada 100 Reais, eu separo dez. A décima parte. E o chamado dízimo.
          A Bíblia pede estes dez por cento. Deus exige com firmeza esta doação para a comunidade. A Igreja Católica, no Brasil, vendo as necessidades do povo, pede que cada um dê de acordo com seu coração, de acordo com sua consciência. Quem pode dar os dez por cento, deve dar. Quem vai sentir falta, que dê menos. Por princípio, deve-se dar os 10 por cento. 

        Dízimo não é pagamento. Não é imposto. Não é taxa. É gesto livre de gratidão. Não é esmola. Nem oferta. Dízimo é ato de fé em Deus e de confiança na Comunidade.

“A organização sistemática do Dízimo é verdadeiramente o meio positivo que soluciona o problema financeiro paroquial. Supre todas as necessidades e despesas normais, O que acontece de melhor, porém, é que as pessoas se sentem colaboradoras. E os não colaboradores se sentem seriamente questionados na hora de procurarem seus direitos sem cumprirem seus deveres. Percebe-se aos poucos quem e participante assíduo e quem está à margem da vida da comunidade”. 

(Frei Paulina Costella e Frei Iloni Fachesatto – Arenápolis-MT)

          A Bíblia é o melhor manual de educação. O melhor livro de formação das pessoas. Deus tem muitos jeitos de nos educar. Muitas maneiras de educar e formar o seu povo, O dízimo é um modo bonito de nos fazer compreensivos com os outros. E uma maneira de nos ajudar a ser delicados com Deus e agradecidos a ele. Dízimo é um ato comunitário. Por isto o dízimo está muitas vezes escrito. Muito exigido por Deus e bem vivido pelo povo.
          O dízimo é uma grande força para criar, sustentar, firmar uma comunidade, tornando-a evangelizadora. O dízimo educa as pessoas para viverem em comunidade. Comunidade existe quando temos problemas comuns; quando todos buscamos a solução comum destes problemas e quando todos alcançam um ideal comum: isto é, todos se dão bem; todos se ajudam; todos se amam. Por isto Deus aprova e bate palmas para quem dá seu dízimo.




Como organizar

Qualquer pessoa pode ser da equipe do Dízimo.

1.      Dízimo é uma pastoral.

           A equipe da pastoral do Dízimo não pode ser considerada uma equipe secundária, ou um apêndice. Não se trata de uma equipe com a finalidade de captar recursos para a igreja ou administrar uma obra. Não se trata de um ato meramente financeiro-administrativo dentro de uma comunidade. E, isto sim, um trabalho Pastoral dentro da pastoral de Conjunto. É uma pastoral tão importante quanto a pastoral da Catequese, da Liturgia etc. Se a pastoral do Dízimo não vai bem, todas as outras são prejudicadas. A equipe, portanto, deve ter consciência de que esse é um trabalho pastoral.
2. Conhecimento do Dízimo.

          A equipe deve conhecer bem o assunto. Deve estar preparada para ajudar a esclarecer dúvidas sobre o Dízimo.

3. O testemunho da equipe.

          Quem faz parte desta equipe precisa ser dizimista para valer. Tentar convencer a outros sobre algo de que não estamos convencidos não funciona. Quando vamos motivar os fiéis sobre o Dízimo, devemos falar da experiência própria, algo que sai de dentro com plena convicção. Todos devem dar testemunho. 
Existem coordenadores do Dízimo pelo Brasil afora com dez ou mais anos de trabalho e que nunca contribuíram com o Dízimo. E não entendem porque o povo não é dizimista. Aplicar aos outros algo em que não acreditamos não funciona. A equipe deve acreditar no que faz. Por isso mesmo faz a própria opção de dizimista. Entender que devemos dar o Dízimo também do próprio tempo e, por isso, fazer parte da equipe que vai ajudar os outros irmãos a fazerem também a opção de dizimistas conscientes.

4. Disponibilidade para o dízimo

          A equipe deve ter tempo para se dedicar à Pastoral do Dízimo. Preferencialmente nos dias em que há mais movimento na comunidade. Normalmente as missas são aos sábados e aos domingos. Antes e após as missas, a presença de elementos da equipe do Dízimo possibilita a contribuição dos dizimistas. 
Quem faz parte de outra equipe de Pastoral não pode ser sobrecarregada. Se isso acontecer, alguém está se omitindo. Às vezes é a própria pessoa que achaque só ela sabe resolver todos os problemas da comunidade e assume tudo. Dificilmente tudo sai bem.

5. Organização

          A equipe deve ser bem organizada. E importante que na equipe haja alguém com experiência administrativa e contábil para ajudar nos relatórios. A equipe tem como missão também prestar contas à comunidade de tudo o que o povo traz para Deus. 
Esta equipe é responsável pela organização, conscientização, animação e recebimento do Dízimo. Deve ser formada por pessoas capazes de trabalhar em equipe. O Dízimo é um trabalho que exige muita união. Trata-se de administrar os bens que o povo traz para Deus. O sucesso da implantação do dizimo depende exclusivamente desta equipe. 
         Para finalizar: Ser da equipe do Dízimo é fazer uma opção missionária. Não se trata de uma equipe de cobradores, mas de missionários que estão a serviço da comunidade, levando cada mês uma lembrança do compromisso assumido pelos irmãos dando, cada mês, uma mensagem de fé, de esperança. Esta equipe tem a tarefa de conscientizar os fiéis para a partilha.

6. Prestar contas à comunidade

                    Para manter o dizimista é indispensável que a equipe mensalmente preste contas. Elaborar um balancete no final de cada mês e divulgar na comunidade. Não é suficiente colar uma cópia do balancete na porta da Igreja. Poucos leem  O que funciona é imprimir o balancete numa folha. De um lado da folha o relatório do mês. Todas as entradas e saídas. E bom manter a mesma ordem do Plano Financeiro. Mostrar para o povo o que entrou de Dízimo, Oferta, etc. No verso da folha, imprimir a mensagem do mês. E aqui que acontece a formação permanente: por meio desta mensagem. 

          Todos os meses a equipe vai ao encontro do dizimista num processo de conscientização, de uma catequese permanente sobre o Dízimo. O povo, recebendo a prestação de contas e uma mensagem todos os meses, vai se sentir mais motivado a contribuir, pois está vendo como é aplicado o dinheiro oferecido a Deus através da comunidade. 
          Se houver na comunidade um boletim informativo, melhor ainda. Seja qual for o instrumento de comunicação não deve ser divulgado só entre os dizimistas, mas entre o povo todo. Quem é dizimista está recebendo a prestação de contas. Quem não é dizimistas estará recebendo um questionamento forte pela sua omissão. 
         Nesse relatório-mensagem, pode constar, quando necessário, uma observação no rodapé, chamando a atenção para alguma necessidade, solicitando que o povo contribua mais e para que reajuste seus dízimos conforme a inflação. Pelo Plano Financeiro o povo conheceu as necessidades. Pelo balancete mensal o povo verificará se está contribuindo com o necessário para cumprir o plano. Se as entradas não estão sendo suficientes, a equipe tem aí um instrumento eficaz para solicitar maior empenho de todos, sem constrangimento.

7. Devemos insistir para uma pessoa ser dizimista?

          Não creio que se deva insistir, O que devemos fazer é mostrar para a pessoa as vantagens, e deixá-la livre. Devemos ser rigorosos conosco mesmos no sentido de conscientizar as pessoas sobre o Dízimo. Oferecer a todos o máximo de informações e testemunhos. Depois disso, deixar que Deus opere na pessoa. Devemos fazer a nossa parte, a conscientização. Forçar a barra seria interferir na liberdade dos outros.

8. Quando o dizimista desiste, deve ser cobrado?

          Muitas vezes a pessoa faz a opção do Dízimo levada pela emoção do momento. Passada a emoção não se sente mais motivada para continuar. Por isso é importante uma conscientização que atinja o coração e a razão. 
        Uma pessoa conscientizada dificilmente interrompe sua contribuição  ao contrário, a aumentará. 
Mas se isto acontecer, é bom ajudar a pessoa a refletir sobre o compromisso que assumiu. Alertá-la muito delicadamente. 
        Podia não ter se comprometido. Era livre. Mas uma vez que se comprometeu, deve fazer de tudo para cumprir. O exemplo está em Jacó. Fez uma promessa, foi fiel, cumpriu à risca e prosperou. Gen.28,20-22.
        Para ajudar os indecisos podemos refletir com eles o Sal. 49,14. ‘Oferece, antes, a Deus um sacrifício de louvor e cumpro teus votos para o Altíssimo’. Ou ainda, Jó22,27: ‘‘Tu lhe rogarás, e ele te ouvirá, e cumprirás os teus votos “
        A conscientização deve levar o dizimista a uma decisão pessoal, espontânea, brotada do coração, a partir de uma experiência com Deus em sua vida.

9. E quando o dizimista atrasa?

          A equipe deve preparar uma mensagem especial para os dizimistas em atraso, lembrando-lhes o compromisso que assumiram na comunidade. Deve ser uma mensagem de lembrança e orientação e nunca de cobrança. O melhor mesmo é fazer uma visita para saber o que aconteceu. E possível que se trate de simples esquecimento, mas pode tratar-se de problema mais sério. A presença da equipe do Dízimo pode ajudar aquela pessoa, pode orientá-la, e deve, em qualquer circuns­tância, avisar o dizimista, para que continue sua opção, pois isto mostra sua fidelidade para com Deus e atrai as bênçãos de que necessita.

10. Deve ser feita cobrança nas casas?

          Faça uma visita procurando orientar para que o dizimista entregue seu dízimo na comunidade. Se o dizimista participa da comunidade, não há razão de alguém ir até sua casa para receber o dízimo.

11. Desafios da equipe

          Na implantação do Dízimo, certamente a equipe vai se defrontar com quatro tipos bem distintos de dizimistas:

– OS FIÉIS – São aqueles que dão e sempre têm mais para dar. São os que levam à frente os trabalhos da comunidade. Sua contribuição é regular, significativa, consciente e voluntária. São também eles os mais sensíveis em casos de emergência. Ajudam os pobres, assumem os trabalhos da pastoral. São os que devem ser imitados.
  
– OS INFIÉIS – São os que fazem a opção do Dízimo e depois de certo tempo negligenciam, param de contribuir. São também infiéis os que dão parte do Dízimo, ou seja, se inscrevem para contar na comunidade como dizimistas, mas dão uma insignificância e são conscientes de que poderiam dar mais, porém não o fazem.
São os Ananias e Safiras de hoje. Atos 5,1-11. Esses precisam ser orientados a cumprirem o voto que fizeram a Deus. 
  
– OS NÃO-DIZIMISTAS LIBERAIS – São os que não com­batem o sistema do Dízimo. Não são dizimistas, mas estão sempre dispostos a contribuir conforme as necessidades. Normalmente colocam na Oferta o que dariam como Dízimo. Não são dizimistas por não terem compreendido seu valor histórico, bíblico, cristão, social e missionário. Um pouquinho de esforço da equipe os transforma em dizimistas exemplares. 
  
– OS ANTI -DIZIMISTAS – São os mesquinhos, os derrotados por natureza. Talvez tenhamos neste grupo um número de pessoas que nos surpreende. Eles sabem de tudo. São os “iluminados”. Nunca estão presentes para ajudar quando é preciso fazer algo na comunidade, mas são os primeiros a criticar depois de feito. 
São os que ouvem o que o padre ou a equipe do Dízimo diz, e ficam cochichando na igreja, e fora dela, para levarem as pessoas a pensar o contrário do que foi pregado. Há até os que chegam a mostrar o relógio, embora a missa não demore 6 ou 10 minutos além do normal. São os de “missa de 7º dia  mas que se chamam de cristãos exemplares”. 
São os que se põem contra uma campanha do Dízimo, alegando que se deveria fazer uma campanha para os pobres. Quando você fala de pobre ou de opção da Igreja por eles, logo combatem. São os de argumentos fáceis. Mas as ações? São os do contra.
Pontos que ajudam a organizar o dizimo.

  – Escolher pessoas interessadas e convencidas do valor do dízimo. 
  – Preparar-se bem, vendo outras experiências onde funciona o dízimo. 
  – Sem nunca impor, mas ajudar a sensibilizar os fiéis por esta Pastoral. 
  – Esclarecer a comunidade por meio de palestras, faixas, folhetos e o bom uso dos Meios de Comunicação Social (feito tudo por leigos). 
  – Aproveitar o que existe: Novenas, Grupos de Reflexão, Capelinhas… 
  – Fazer celebrações litúrgicas sobre o dízimo. Pessoas dêem testemunho. 
  – Preparar fichas e cadastro da família dizimista. Não complicar nada. 
  – Antes e depois das celebrações, alguém da Equipe atende às pessoas sobre o dízimo, pois muitos aproveitam a ida à igreja para acertar seu dízimo. Pode ser também na casa paroquial. 
  – Lembrar sempre que o dízimo requer muita paciência, muita motivação e tempo. Não forçar, mas trabalhar a consciência dos católicos dando boa fundamentação bíblica. 
  – Não afastar ninguém da comunidade por causa do dízimo.
Perguntas

I. Quem inventou o dízimo?

O coração dos filhos de Deus. Foi a gratidão dos irmãos para com Deus Pai que inventou o dízimo. Já faz 3 mil anos e Deus sempre aprecia e ama a quem dá seu dízimo com alegria.       

II. Mas Deus precisa do dízimo?

Não. Deus não, mas os irmãos, a comunidade, sim. Irmãos que se amam se ajudam. O dízimo cria família. Cria confiança. Cria crescimento, tanto da família que o dá, como da comunidade que o recebe. 
  
III.      Eu tenho o compromisso de dar o dízimo?

Sim. O dízimo é um compromisso com Deus, com a Igreja e com os pobres. 
  
IV.      Não basta dar o que sobra?

Não. Dízimo é partilha do que se tem, não das sobras. Partilhar não é o que sobra. Partilhar é dar o que o outro precisa. 
  
V.      Por que as pessoas inventaram o dízimo e o colocaram na Bíblia?

           O dízimo foi o jeito que as pessoas encontraram para agradecer ao 
Senhor e para se ajudarem entre si. Deus inspirou esta idéia. Tanto no Antigo como no Novo Testamento o dízimo é parte da Bíblia. É gesto de gratidão do povo a seu Deus. 
  
VI.     O dízimo salva a gente?

           Não. Não salva. Não é o dinheiro que salva. Nem nossas obras: quem nos salva é o 
amor de Deus. Nem os santos nos salvam. Nem Nossa Senhora: só Deus salva. E quer salvar a todos. Mas.., o dízimo me leva mais perto de Deus, porque me leva para a comunidade. Dízimo é um meio. E não devemos abandonar os meios que nos fazem mais irmãos e nos conduzem mais a Deus.       
  
VII.      Faz diferença pagar ou dar o dízimo? 

           Dízimo não se paga. Deus não negocia. Dízimo se dá. Pagar indica obrigação, lei, imposto. Dar é gesto espontâneo. Dízimo é partilha gratuita. Existe diferença entre as pessoas que dão e que não dão dízimo.Quem dá se engrandece. O dízimo engrandece nosso ser. Nos abre a Deus e aos irmãos. O dízimo é nossa devoção, — uma devoção —para Deus. Dízimo é compromisso santo: quem reconhece, quem agradece, se engrandece. 
  
VIII.      O que eu ganho dando o dízimo?

           Não se deve dar o dízimo por causa do retorno. Deus também nos dá tanta coisa e qual o retorno que ele recebe? — Com o dízimo eu aprendo a ser generoso, a ser sincero e reconhecido com o Senhor de tudo. Eu retribuo um pouco a Deus, do muito que ele me dá. Só isto. De outro lado, a Igreja me prestará serviços religiosos, quando eu precisar. Mas o importante é ser generoso, não mesquinho, nem com os irmãos nem com Deus. 
           O próprio dízimo pertence a Deus. Deus é dono de tudo, cem por cento é de Deus e dele tudo nos vem. Eu apenas lhe agradeço, devolvendo-lhe algo por cento. — É como se minha mãe me desse um grande bolo, cada dia, e eu retiro uma parte do bolo para ela dar a meus irmãos.
  
IX.  É melhor dar muito dízimo sem boa vontade, ou é melhor dar pouco com boa vontade?

        O melhor é dar o certo e de boa vontade. Não se deve dar a Deus e aos irmãos o que sobra: o troco de mercado, as migalhas. Deus não pede o resto, nem esmola. O justo é dar o certo. 
  
X.  Quem está dispensado de dar o dízimo?

         Ninguém está dispensado.A Bíblia fala que todos devemos reconhecer as graças de Deus. Cada um deve dar de acordo com suas possibilidades. Deus elogiou a oferta da pobre viúva. Deve ter sido bem pequena. E não aprovou a oferta dos ricos que faziam a doação só para se mostrar. Como bom exemplo, até o Padre, os Ministros, os Agentes de Pastoral, as irmãs, as Empresas, o Bispo… todos deveriam dar seu dízimo.
  
XI.      E se a pessoa é bem pobre?

           Uma das finalidades do dízimo é a promoção social, e neste caso a comunidade deve ajudar ao “bem pobre”. 
  
XII.      E não dá para dar o dízimo em forma de serviços ou ofertas?

           Pra dar, dá. Mas, ser sincero também neste ponto. Deve-se combinar bem com a Equipe do Dízimo. Pode também ser em doações. Só que a Bíblia fala claro: mesmo dando um animal para o sacrifício, mesmo assim a família não está dispensada do dízimo. O dízimo, na Bíblia, é sagrado e não se negocia com nada.     Por isto, as coletas na Missa não dispensam o dízimo. 
             A Bíblia é bem clara: quem pode dar dez por cento, deve dá-lo. Quem pode dar 10% não deve dar Oito por cento. Quem pode dar 5 por cento não deve dar 2 ou 3 por cento. A Igreja no Brasil pede pelo menos um por cento (centésimo). Mas, quem pode dar mais, deve dá-lo.
  
XIII.      O que dificulta, o que derruba o dízimo na comunidade?

           Derrubam o dízimo: a diretoria que não presta contas; Equipe que só pensa em dinheiro e só faz coisas quando dão lucro; quando se valoriza só quem dá o dízimo; quando os pobres não têm vez e voz; quando se formam “panelinhas”; o povo não colabora com o dízimo quando o Padre e a diretoria não se dão bem; quando não há clareza sobre os gastos do carro paroquial, dos salários aos funcionários; cai o dízimo quando ele é usado só para fins materiais… Baixa o dízimo quando se desconfia da aplicação do dinheiro e falta transparência.
  
XIV.      O que favorece o povo a dar com alegria o dízimo?

A transparência das contas. A fidelidade na aplicação. A seriedade com que é tratado o dízimo e o respeito pelos dizimistas e os outros. O segredo sobre o que cada um dá. Cresce o dízimo quando se tem clareza que nós somos Igreja missionária.

Liturgia Diária


Evangelho (Lc 4,38-44)



— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 38Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo com febre alta, e pediram a Jesus em favor dela. 39Inclinando-se sobre ela, Jesus ameaçou a febre, e a febre a deixou. Imediatamente, ela se levantou e começou a servi-los.
40Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes atingidos por diversos males, os levaram a Jesus. Jesus punha as mãos em cada um deles e os curava. 41De muitas pessoas também saíam demônios, gritando: “Tu és o Filho de Deus”. Jesus os ameaçava, e não os deixava falar, porque sabiam que ele era o Messias.
42Ao raiar do dia, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. As multidões o procuravam e, indo até ele, tentavam impedi-lo de as deixar. 43Mas Jesus disse: “Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado”. 44E pregava nas sinagogas da Judeia.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senho






Reflexão:




Hoje, nos encontramos ante um claro contraste: as pessoas que procuram Jesus e Ele que cura toda “doença” (começando pela sogra de Simão Pedro); à vez, «de muitas pessoas saíam demônios, gritando» (Lc 4,41). Quer dizer: bem e paz, por um lado; mal e desespero, pelo outro.

Não é a primeira ocasião que aparece o demônio “saindo”, isto é, fugindo da presença de Deus entre gritos e exclamações. Lembremos também o endemoninhado de Gerasa (cf. Lc 8,26-39). Surpreende que o próprio demônio “reconheça” a Jesus e que, como no caso daquele de Gerasa, é ele mesmo quem sai ao encontro de Jesus (isso sim, muito raivoso e incomodado porque a presença de Deus incomodava a sua vergonhosa tranqüilidade).

Tantas vezes nós também pensamos que encontrar-nos com Jesus nos atrapalha! Atrapalha-nos ter que ir à Missa no domingo; perturba-nos pensar que faz muito que não dedicamos um tempo à oração; sentimos vergonha dos nossos erros, em lugar de ir ao Médico da nossa alma para pedir-lhe simplesmente perdão... Pensemos se não é o Senhor quem tem que vir a nos encontrar, pois nós mesmos nos fazemos rogar para deixar a nossa pequena “caverna” e sair ao encontro de quem é o Pastor das nossas vidas! Isto se chama, simplesmente, tibieza.


Tem um diagnóstico para isto: atonia, falta de tensão na alma, angustia, curiosidade desordenada, hiperatividade, preguiça intelectual com as coisas da fé, pusilanimidade, vontade de estar só consigo mesmo... E existe também um antídoto: deixar de se olhar a sim mesmo e se por mãos à obra. Fazer o pequeno compromisso de dedicar um momento cada dia a olhar e escutar a Jesus (o que se entende por oração): Jesus o fazia, pois «de manhã, bem cedo, Jesus saiu e foi para um lugar deserto» (Lc 4,42). Fazer o pequeno compromisso de vencer o egoísmo numa pequena coisa cada dia pelo bem dos outros (isto se chama amar). Fazer o pequeno-grande compromisso de viver cada dia em coerência com nossa vida Cristã.